As vacinas não se tratam apenas de proteção da saúde individual, mas sim de proteção coletiva, para toda uma população evitar a propagação de doenças que causam mortes, sequelas graves e sobrecarregam os sistemas de saúde. Para que essa proteção coletiva aconteça, é importante que todos estejam informados sobre a importância de aderir às campanhas de vacinação e combater os principais mitos sobre o assunto.
1. As vacinas contra a Covid-19 são seguras.
Verdade! A segurança das vacinas é prioridade máxima. Todas elas passam por várias fases de testes que visam garantir a segurança e a capacidade de proteção contra a doença.
Nenhuma vacina será aprovada ou disponibilizada até que sua segurança tenha sido comprovada pelas agências reguladoras – aqui no Brasil, o órgão responsável pelas aprovações é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Mesmo após a aprovação, elas continuam sendo monitoradas para garantir a eficácia.
2. As vacinas imunizam completamente contra a covid-19?
Mito. Nao existe nenhuma vacina, nem contra covid, nem contra qualquer outra doença, que garanta 100%de imunização. As vacinas reduzem muito as chances de adquirirmos as infecções para as quais foram produzidas.
Por conta disso, é importante que você continue a tomar os cuidados necessários para a proteção pessoal e coletiva. Evite aglomerações, usem mascara e higiene frequente das mãos.
3. Vacinas podem causar doenças e não são seguras
Mito. As vacinas, assim como todo medicamento, passam por três fases de testes criteriosos antes de serem liberadas pelos órgãos regulatórios de saúde para a população. Nesses testes, além da eficácia da imunização, também são avaliados possíveis efeitos colaterais e a segurança. Algumas pessoas podem ter reações como febre baixa e dor no local da aplicação, mas os benefícios da imunização são muito maiores que os riscos dessas reações temporárias.
4. A vacina pode causar efeitos colaterais.
Verdade. Algumas pessoas podem sentir efeitos colaterais leves, como dor no local da injeção, dores musculares ou febre, mas eles passam rapidamente. Esses efeitos são resultado da resposta do seu sistema imunitário à vacina, eles não significam que você está com a doença.
5. Quem já teve Covid-19 não precisa receber a vacina.
Mito. A maioria das pessoas que tiveram Covid-19 geraram resposta imune, mas nem todos os casos têm resposta protetora e/ou duradoura. Portanto, as pessoas que já contraíram o vírus também deverão receber a vacina.
6. Vacinas de RNA mensageiro contra Covid-19 podem alterar o DNA
Mito. As vacinas de RNA mensageiro são sintetizadas em laboratório e feitas com partes da molécula de DNA do agente infeccioso. Esse RNA contém uma receita para que as células produzam uma proteína específica do vírus. Quando essa proteína entra em contato com o corpo, o sistema imunológico a reconhece como algo estranho e cria imunidade. Nenhuma etapa desse processo é capaz de alterar o código genético.
7. É melhor ser imunizado por meio da doença do que por meio de vacinas
Mito. A vacinação é a forma mais segura de uma população evitar a transmissão de doenças e o consequente colapso dos sistemas de saúde. A imunidade de rebanho natural – quando grande parte de uma população é infectada e se torna imune – é perigosa pelos seguintes motivos:
Há doenças de alta mortalidade, como a Covid-19, que causariam um número alarmante de mortes antes que a população atingisse a imunidade;
Nem sempre a imunidade é duradoura.
8. Gestantes e pessoas imunossuprimidas não podem tomar vacinas
Mito. Apenas vacinas feitas com o agente infeccioso atenuado, como a da febre amarela e a do sarampo, podem ser contraindicadas para gestantes e pessoas com a imunidade prejudicada (portadores de HIV, pacientes oncológicos, transplantados, entre outros). Já as vacinas com o agente infeccioso inativado, como a da gripe, pneumonia e tétano, podem ser aplicadas nesses grupos. É importante sempre consultar o médico para saber o que é indicado para cada caso.
A pandemia não acabou.
Se cuidem, cuidem dos outros.
Vamos vencer essa guerra juntos.
Prof. Jairo Rocha – Enfermeiro Intensivista
Mestre e especialista em terapia intensiva
Instagram: @prof.jairorocha
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