Mergulhado em uma crise sanitária sem precedentes, o Brasil é o 2º país no mundo com maior índice de mortalidade por Covid-19. Nesta realidade, ações preventivas, como distanciamento e isolamento social, ainda são nosso melhor contra-ataque.
Contudo, o cenário de solidão, insegurança, angústia e instabilidade econômica, também deu visibilidade para a importância da saúde mental, colocando em foco o bem-estar psíquico da população.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), antes da pandemia, o Brasil já era o país mais ansioso do mundo e, também, apresentava a maior incidência de depressão da América Latina, impactando cerca de 12 milhões de pessoas.
As crises de ansiedade já podem ser consideradas um dos maiores males da atualidade. Hoje em dia tornou-se praticamente impossível não pertencer a essas estatísticas ou ao menos não conhecer alguém que tenha esse problema. Daí a necessidade e a urgência de ampliar o repertório de informações a respeito, a fim de criar um ambiente cada vez mais favorável ao atendimento das necessidades reais dessas pessoas.
A crise de ansiedade é como um curto-circuito corporal e mental, que gera uma descarga de adrenalina e noradrenalina no organismo, e acaba causando os sintomas físicos – e mais intensos – da crise.
É um erro grave pensar que as crises de ansiedade afetam exclusivamente quem possui esse transtorno. Afinal, quem já presenciou um familiar ou amigo sofrendo com esse problema sabe, realmente, o que é muitas vezes sentir-se impotente, diante de um quadro grave como esses, por não ter informação adequada sobre como ajudar.
A primeira coisa a se fazer é mentalizar que vai passar! E vai acabar logo, sem consequências. Tenha isso em mente para não se desesperar.
Se estiver em um ambiente cheio de gente, tente se afastar e buscar um local mais silencioso e tranquilo. Se estiver no trabalho, vá para uma sala vazia ou ao banheiro, se for possível.
Preste atenção na respiração – acontece que durante uma crise, temos uma hiperventilação do pulmão. Para tentar controlar a respiração, permaneça em uma posição confortável e com postura ereta. Se possível, feche os olhos e comece a inspirar e expirar lentamente. Não há uma frequência certa, mas a dica é inspirar contando até quatro e soltar o ar no mesmo tempo. Faça de forma consciente por quanto tempo precisar.
Durante o ataque de pânico, é bastante comum que se passe pela cabeça um milhão de pensamentos simultâneos, o que agrava a sobrecarga emocional. Algumas formas de lidar com essa parte do problema são criar distrações externas, como tentar conversar com uma pessoa focando sua atenção nela, cantar uma música, contar repetidas vezes até dez, desenhar, fazer listas ou qualquer outra atividade que ocupe sua mente e tire seu foco do problema.
Faça uma playlist com suas músicas favoritas, mas nada de canções tristes. A ideia é te distrair e fazer com que você consiga relaxar. Escolha aquelas com melodia alegre ou tranquilizante, principalmente se elas te lembram de algum momento feliz de sua vida.
Investir na sua saúde mental é uma das formas mais belas de autocuidado. Quem procura esses profissionais, o faz com o objetivo de melhorar sua qualidade de vida e o preconceito acerca disso deve ficar no passado. Afinal, eles podem ajudar qualquer pessoa a modificar determinados comportamentos que podem aumentar seu bem-estar e melhorar suas relações interpessoais de forma bastante positiva.
Não se desespere. O controle da ansiedade é possível através da mudança de pequenos hábitos que, somados, resultam em um benefício maior. Há casos, no entanto, em que o psiquiatra é requerido, a fim de agir de modo a mitigar os primeiros sintomas paralisantes da ansiedade e trabalhar as outras questões com o paciente ao longo do tempo.
Portanto, se você se sente ansioso demais, não hesite em começar a perceber-se e mudar seus hábitos. A primeira mudança pode ser justamente pedir ajuda.
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