O Twitter enfrenta uma onda de caos em gestão e na dinâmica da rede social desde a aquisição de Elon Musk. A plataforma foi tomada por contas fakes, agora com selo de verificado garantido pelo Twitter Blue, milhares de funcionários foram demitidos de uma hora para outra e o patrão discute (e às vezes ironiza) seus próprios empregados publicamente usando seu perfil pessoal no site.
Nesta quinta-feira (17), essa novela recebeu mais um capítulo: os escritórios do Twitter foram fechados e todas as credenciais de acesso foram suspensas até o dia 21 de novembro. A decisão, segundo a repórter do Platformer Zoë Schiffer, teria sido tomada para evitar que funcionários revoltados (ou recém-demitidos) tentassem sabotar a companhia. Nesse meio tempo, a empresa se certificaria de interromper os acessos corretos.
O caos no ambiente de trabalho somado às decisões desastrosas que bagunçaram a rede social chacoalham a popularidade do Twitter, apesar de Elon Musk garantir de forma recorrente que o site bate recorde de acessos. Será que, por isso tudo, o Twitter pode acabar?
Em meio ao caos, muitos usuários procuram novas redes sociais para substituir o Twitter. Esse processo já causou uma crescente no Mastodon e a bola da vez parece ser o Koo – o site do app indiano, inclusive, já ficou fora do ar nesta sexta-feira (18).
A plataforma indiana é muito parecida com o Twitter e, segundo seu co-fundador, Mayank Bidawatka, ela já se estabeleceu como a segunda maior rede social de microblog do mundo.
O fim de uma rede social acontece por várias razões, mas a principal delas é a debandada de usuários: quando não mais consegue atender seu propósito base, um site começa a perder força frente a concorrência e, eventualmente, é deixado de lado — foi o que aconteceu com o Orkut, por exemplo.
Porém, a migração de usuários é a consequência de decisões ruins, seja pela falta de implementação de novidades ou mudança de tendências no mercado de redes sociais. No caso do Twitter, uma eventual debandada aconteceria pelas implicações da crise gerada por Elon Musk — que, se seguir nesse ritmo, pode colocar o app em estado crítico bem rápido.
É impossível, porém, cravar o destino do Twitter. É possível que a gestão de Elon Musk melhore após alguns meses dentro do Passarinho Azul e que a nova equipe consiga colocar a plataforma em ordem depois de um tempo.
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