O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a retirada do Youtube do especial de comédia “Perturbador”, do humorista Léo Lins. A produção estava disponível desde dezembro do ano passado no Youtube.
No vídeo, que foi feito de show em Curitiba, que contava com mais de 3 milhões de visualizações, ele fez piadas com temas como escravidão, pessoas com deficiências e outras minorias. A decisão da Justiça foi provocada por um pedido do Ministério Público.
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Na última quinta-feira (16), Leo Lins compartilhou no Instagram um texto falando sobre a decisão, além de ter feito uma contagem regressiva até o dia que a medida começou a valer.
“O show está fora do ar, este processo tem consequências absurdas. Há muito mais em jogo. A justificativa para remover meu show de stand-up, pode ser usada basicamente para remover 95% dos especiais de humor. Fora pedidos, a meu ver, desproporcionais por contar piadas num palco de teatro. Igualando uma expressão artística a um ato criminoso .Meu advogado já está entrando com uma defesa e pretendo fazer um vídeo relatando o que está acontecendo”, disse.
Em entrevista à CNN, Lins afirmou que sofreu censura e que seu vídeo não violou nenhuma norma do Youtube, inclusive estava recebendo dinheiro do Youtube pelo vídeo.
“O Ministério Público passou por cima da plataforma e considerou o show como um ato criminoso. Vou aguardar meu julgamento. Espero não ser preso. Mas, caso seja, com a superlotação das cadeias, meu show vai continuar lotado”, disse o comediante, que continuou.
Assim que a decisão da Justiça foi noticiada, outros humoristas demonstraram apoio a Lins, como o apresentador e também comediante Fábio Porchat., que usou o Twitter para se manifestar contra a decisão judicial.
“Fiquei feliz em ver o apoio de muitos colegas, até porque precisa ser muito burro ou mal caráter pra ser a favor de algo que será usado contra você. Mas sempre tem um ou outro assim”, disse ele após ver a repercussão.
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