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Centenas de corpos são encontrados nas praias da Líbia

Vítimas são parte dos mais de 11 mil mortos pelas inundações causadas por passagem da tempestade Daniel no último domingo (10). Outras 10 mil pessoas estão desaparecidas.

Redação
Por: Redação
15/09/2023 às 20h18
Centenas de corpos são encontrados nas praias da Líbia
Praia com escombros e restos das enchentes na cidade de Derna, na Líbia, em 13 de setembro de 2023 — Foto: Esam Omran Al-Fetori/REUTERS

Dias depois de enchentes pela passagem de uma tempestade tropical devastarem o leste da Líbia, centenas de corpos começaram a aparecer em praias da região, onde mais de 11 mil pessoas morreram por conta da chuva.

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Outros cerca de 30 mil seguem desaparecidos.

Segundo o Crescente Vermelho - como é chamada a ONG Cruz Vermelha em países de maioria islâmica - os corpos estão sendo arrastados pela maré das águas e começaram a aparecer na areia de praias da cidade de Derna, a mais afetada.

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"Em apenas duas horas, um dos meus colegas contou mais de 200 corpos na praia perto de Derna", disse Bilal Sablouh, gerente regional de perícia da Cruz Vermelha para a África. "Os corpos estão espalhados pelas ruas, sendo levados para a costa e enterrados sob edifícios desabados e escombros".

Ainda de acordo com o Crescente Vermelho, que comanda a maior parte das operações de buscas, o número total de mortos passou de 11,3 mil. Outras 10 mil pessoas seguem desaparecidas apenas na cidade de Derna, principal afetada após a quantidade de chuva destruir duas barragens e alagar a região central do município.

Mais de mil pessoas foram enterradas em valas comuns na cidade. A atitude fez com que membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) apelassem por enterros melhor geridos.

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“Pedimos às autoridades das comunidades afetadas pela tragédia que não se apressem com enterros ou cremações em massa”, disse o Dr. Kazunobu Kojima, médico responsável pela biossegurança e bioproteção do Programa de Emergências Sanitárias da OMS.

A declaração pedia sepulturas individuais demarcadas e documentadas, dizendo que enterros precipitados poderiam levar à angústia mental para as famílias, assim como a problemas sociais e jurídicos.

Os corpos das vítimas de traumas causados por desastres naturais "quase nunca" representaram uma ameaça à saúde, afirmou, a menos que estivessem dentro ou perto de fontes de água doce, uma vez que os cadáveres podem vazar fezes.

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