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Especialista explica os riscos de infecções dentárias

Recentemente uma jovem de 22 anos morreu devido complicações de uma infecção que começou em um dente, por isso o portal Coroatá Online procurou um especialista para falar sobre o assunto

Redação
Por: Redação
29/11/2024 às 08h02 Atualizada em 29/11/2024 às 08h02
Especialista explica os riscos de infecções dentárias
Dr. Anderson dos Anjos, especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial (foto: arquivo pessoal)

Uma tragédia recente envolvendo a morte de uma jovem devido a complicações de uma infecção iniciada em um dente trouxe à tona a importância de cuidar da saúde bucal [relembre]. Para esclarecer o tema, o Portal Coroatá Online conversou com o especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial, Dr. Anderson dos Anjos, que destacou os cuidados necessários e os perigos de negligenciar infecções bucais.

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De acordo com o especialista, os abscessos odontogênicos são infecções originadas de problemas como cáries, dentes fraturados ou doenças periodontais (relacionadas à gengiva).

“Essas infecções podem variar de quadros simples, como o surgimento de bolhas na boca, até casos graves, em que a infecção se espalha pelos espaços faciais, podendo atingir o pescoço (angina de Ludwig), o coração, os pulmões ou até mesmo o cérebro, causando abscessos cerebrais e infecções oculares,” explicou Dr. Anderson.

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Sinais de alerta

O especialista reforça a necessidade de atenção aos sinais que indicam possíveis focos infecciosos:

  • Dor de dente persistente;
  • Bolhas recorrentes na boca;
  • Presença de dentes cariados, quebrados ou inclusos (como o terceiro molar);
  • Inflamações na gengiva.

“Em um primeiro momento, a avaliação de um cirurgião-dentista clínico geral é fundamental. Porém, se o quadro já evoluiu para abscesso, a intervenção de um especialista em cirurgia bucomaxilofacial é imprescindível para o tratamento adequado, tanto cirúrgico quanto medicamentoso,” ressaltou.

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Riscos da automedicação

Dr. Anderson alerta para os perigos de mascarar os sintomas com analgésicos ou anti-inflamatórios.

“Essas práticas podem prejudicar o sistema imunológico e acelerar a progressão da infecção, além de permitir que a doença evolua sem controle.”

Atenção ao tempo de resposta

O especialista foi enfático ao dizer que “o tempo é um divisor de águas entre um prognóstico satisfatório e um desfecho trágico”. Ele destacou ainda que buscar tratamento apenas quando o quadro já está agravado, especialmente em unidades de pronto atendimento, pode ser perigoso, já que essas unidades não possuem equipes especializadas em cirurgia bucomaxilofacial.

Para entender mais sobre os cuidados necessários e os procedimentos indicados, assista ao vídeo com a explicação completa do Dr. Anderson dos Anjos disponível abaixo:

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