Uma decisão controversa de arbitragem foi o estopim para uma tragédia em uma partida de futebol no sudeste da Guiné, matando 56 pessoas. O número ainda é provisório e foi informado pelo governo nesta segunda-feira (2).
As mortes ocorreram durante a final de um torneio em homenagem ao líder militar da Guiné, Mamady Doumbouya, em um estádio em Nzerekore, uma das maiores cidades da nação da África Ocidental.
Os fãs jogaram pedras, desencadeando pânico e esmagamento, afirmou o governo, que prometeu uma investigação.
Uma testemunha que estava no jogo disse que um cartão vermelho contestado no minuto 82 da partida iniciou a violência.
"O arremesso de pedras começou, e a polícia se juntou, disparando gás lacrimogêneo. Na correria e no tumulto que se seguiu, vi pessoas caírem no chão, meninas e crianças sendo pisoteadas. Foi horrível", disse Amara Conde à Reuters por telefone.
A multidão correu para sair, o que levou a um tumulto perigoso nas saídas, disse uma fonte policial.
Um vídeo autenticado pela Reuters mostrou dezenas de pessoas se arrastando por muros altos para escapar.
🇬🇳⚽ Un mouvement de foule a éclaté dimanche au stade de #NZérékoré, en #Guinée, lors de la finale du tournoi de #football “Général Mamadi Doumbouya”.
— FRANCE 24 Français (@France24_fr) December 2, 2024
âž¡ï¸ L’incident s’est produit dans les dernières minutes du match pic.twitter.com/vaUUk2ICpk
O presidente deposto, Alpha Conde, disse que o evento foi mal organizado em um momento tenso para o país, que aguarda que Doumbouya cumpra a promessa de realizar eleições após ele tomar o poder em um golpe de estado em 2021.