A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (04), Jackson Ribeiro, marido da coroataense Maria Irisnete Sousa Ferreira, 29 anos, apontado pelas investigações como o autor do homicídio que ganhou repercussão em todo o país. O crime ocorreu no dia 24 de novembro deste ano, no município de Neves Paulista, em São Paulo.
A notícia foi divulgada em primeira mão pelo jornalista Antonio Silva, que conversou com familiares da vítima.
De acordo com a polícia de Neves Paulista, as versões apresentadas por Jackson possuíam algumas contradições. Além disso, os investigadores obtiveram um testemunho crucial: o filho do casal, um garoto de 8 anos, teria confessado que o pai matou a mãe. O menino revelou que sofria ameaças para que não contasse nada. Com base nessas revelações, a polícia foi até a residência de Jackson e efetuou a prisão. O companheiro de Irisnete nega ser o autor do homicídio.
A polícia agora tenta entender por que um vizinho testemunhou a favor do suspeito, afirmando em depoimento que viu um homem saindo da casa do casal e entrando em um carro estacionado na porta antes do homicídio. No entanto, não foram encontradas imagens ou outras testemunhas que corroborassem essa versão. Ainda assim, existe a possibilidade de outra pessoa estar envolvida no crime.
Jackson Ribeiro havia concedido uma entrevista sobre o caso, dando detalhes de como tudo aconteceu após chegar em casa e encontrar a esposa morta. Durante a entrevista, um relato chamou a atenção dos investigadores: Jackson mencionou que ele e Irisnete tiveram uma desavença, o que levou a esposa a bloqueá-lo no WhatsApp. Mesmo admitindo a briga, ele esclareceu que os dois fizeram as pazes e tudo estava bem.
O corpo de Maria Irisnete Sousa Ferreira foi encontrado por policiais militares na varanda da casa, no centro da cidade, por volta das 2h30. Junto dela estava o companheiro, de 35 anos, todo ensanguentado. No imóvel também estavam duas crianças, filhas do casal.
Os policiais militares foram acionados por funcionários da Santa Casa de Neves Paulista. De acordo com o boletim de ocorrência, enfermeiros avisaram que um homem entrou todo ensanguentado no hospital, de madrugada, dizendo que a mulher estava morta. Em seguida, correu em direção à rua Rui Barbosa.
Os policiais percorreram a via e encontraram o imóvel. O companheiro da vítima estava ao lado do corpo. Ainda segundo o registro policial, ele estava bastante agitado e gritava “eu vou matar o cara”. O homem precisou ser contido com o uso da arma de choque (taser) e algemas.
No braço esquerdo do homem, os policiais identificaram um ferimento de faca, mas o homem alegou que se feriu no trabalho. Uma ambulância foi enviada para a casa. A equipe médica constatou no local a morte de Maria Ferreira.
Testemunhas informaram à polícia que, antes do crime, um segundo homem estava na casa e fugiu, e que foi possível ouvir a mulher gritar “pare, pare”. As testemunhas contaram que o casal tinha boa convivência e não brigava.