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Conheça João do Combate, um retrato da riqueza cultural de Coroatá

O sobrenome artístico ele “herdou” do irmão, o saudoso Zé do Combate, poeta e compositor coroataense que faleceu aos 85 anos, em 2014

Antonielson Sousa
Por: Antonielson Sousa
09/12/2024 às 09h29 Atualizada em 09/12/2024 às 09h37
Conheça João do Combate, um retrato da riqueza cultural de Coroatá
João do Combate, irmão de Zé do Combate, no programa do Pacheco (foto: reprodução)

E você está em uma reportagem. Vira a câmera e, ao longe, observa alguém caminhando a passos lentos, levando consigo uma bicicleta. Troca algumas palavras, e lá está: um talento da nossa terra que poucos conhecem. Eu mesmo, confesso, não o conhecia. Seu nome: João do Combate. O sobrenome artístico ele "herdou" do irmão, o saudoso Zé do Combate, poeta e compositor coroataense que faleceu aos 85 anos, em 2014.

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João do Combate é, sim, menos conhecido, apesar disso, o sangue artístico corre em suas veias, e, ao assistir o breve – e casual – encontro registrado no vídeo abaixo, você verá a riqueza cultural que Coroatá possui.

No ano em que Zé do Combate faleceu, tive a oportunidade de conversar com ele. Eu estava na companhia de amigos e, por acaso, o encontramos. Naquela época, não tinha noção do quão fértil nossa cultura era. Fiquei encantado ouvindo aquele senhor mostrar sua magia por meio de histórias e músicas. Um verdadeiro big bang cultural diante dos meus olhos.

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Carregando o sobrenome de um dos mais talentosos poetas e compositores que nossa cidade já teve, João do Combate, a exemplo do irmão, é a prova de que pecamos ao não valorizar nossa cultura como ela realmente merece.

Quantos Zé do Combate, João do Combate e tantos outros talentos temos por essas terras abençoadas que nunca receberam o reconhecimento merecido? Quantos adorariam uma oportunidade de enriquecer nosso universo cultural e deixar suas marcas – ainda que de forma sutil? Sem dúvidas, eles apreciariam, com entusiasmo, a chance de construir seu legado. Não apenas encorajariam aqueles que trilham o mesmo caminho, como também inspirariam gerações.

É triste perceber que nossa cultura carece de incentivos e depende unicamente de pequenas frestas do acaso para sobreviver. O mais cruel é que não sabemos se essas pequenas e únicas fissuras, que nossa cultura encontra para respirar, serão fechadas por completa, ou, no mais perfeito sonho, alguém chegará para resgatá-la algum dia.

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