Os Estados Unidos enfrentam uma crise significativa na produção de ovos, refletida nas prateleiras vazias de muitos supermercados. Avisos alertando para a indisponibilidade do produto são cada vez mais comuns, como registrado recentemente em uma loja da rede Safeway, a poucas quadras da Casa Branca, em Washington.
“Os produtores têm enfrentado dificuldades nas entregas devido aos recentes surtos de gripe aviária no país”, dizia um comunicado exposto em uma das prateleiras. O aviso também destacava o aumento nos custos dos fornecedores e a possibilidade de faltas temporárias de produtos.
Desde dezembro, os Estados Unidos lidam com um surto severo de gripe aviária H5N1, que vem ameaçando a produção nacional de ovos. O país, terceiro maior produtor global, com uma média anual de 113 bilhões de unidades, foi forçado a tomar medidas drásticas para conter a propagação do vírus.
Dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) mostram que somente em dezembro foram abatidas 13,2 milhões de galinhas. Em janeiro, o número ultrapassou 8,3 milhões, totalizando cerca de 100 milhões de aves abatidas para controle da doença.
Essa drástica redução no plantel impactou diretamente a oferta de ovos, levando a um aumento expressivo nos preços. O custo de uma dúzia de ovos brancos grandes chegou a US$ 6,55, um aumento de US$ 0,68 em apenas uma semana, segundo o USDA. Em Nova York, o preço saltou para US$ 7,24, comparado aos US$ 6,06 registrados no início de janeiro.
Supermercados estão tentando evitar um desabastecimento mais amplo ao impor limites à compra de ovos por cliente. Especialistas alertam que a crise pode se estender até que a produção seja estabilizada, dependendo do controle efetivo do surto de gripe aviária.
A alta dos preços dos ovos não afeta apenas o consumidor final, mas também a indústria alimentícia, que depende dessa matéria-prima para produção de diversos itens. Padarias, restaurantes e fabricantes de alimentos processados enfrentam custos mais elevados, que podem ser repassados ao consumidor.
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A crise atual serve como alerta para a importância da segurança sanitária no setor aviário, reforçando a necessidade de políticas rígidas para prevenção e controle de surtos que ameaçam a segurança alimentar e a economia.